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Julgamento de Moisés, estiagem e produção leiteira em destaque na Assembleia

  • Rodolfo Espínola/Agência AL -

A decisão da Procuradoria-Geral da República (PGR/MPF) de arquivar a denúncia contra o governador Carlos Moisés no caso dos respiradores,repercutiu na sessão de quarta-feira (14) da Assembleia Legislativa.

"Quando fui olhar meu telefone hoje tinha umas 100 mensagens perguntando sobre a notícia de que o governador estava garantindo a volta porque a PGR pediu para arquivar a denúncia contra ele. O que a PGR fala é o mesmo que o Ministério Público (MPSC) falou e que a Polícia Federal (PF) falou da participação do governador no roubo dos R$ 33 mi. Nós da CPI nunca falamos da participação do governador e sim da responsabilidade, e os desembargadores falaram da responsabilidade e da omissão, isso são crimes de responsabilidade", argumentou Kennedy Nunes (PSD).

O deputado ironizou a afirmação do Ministério Público Federal (MPF) de que Moisés não sabia da operação.

"A PGR disse que ele sequer sabia, sendo que na live falou em pagamento antecipado, isso sei de cor e salteado porque assisti todas. Mas se não sabia, não merecia estar aí. Um governador que não sabe de uma compra de R$ 33 mi feita em 24h por uma funcionária de terceiro escalão ? Que zona era este governo. Vou falar com o Papa Francisco para beatificar o Moisés, mas não se iluda, a responsabilidade existe sim e é por isso que está sendo processado", garantiu o parlamentar.

Já o deputado Padre Pedro Baldissera (PT) destacou a estiagem que voltou ao Oeste e a crise na produção do leite, causada em parte pela estiagem e em parte pela aumento do custo de produção.

Segundo o parlamentar, o produtor recebe R$ 2 pelo litro de leite, mas paga R$ 100 pela saca de milho e R$ 180 pela saca de soja."Está impossível se manter na atividade, infelizmente o setor está sofrendo as consequências de se competir com a produção de outros países, com subsídios e um custo de produção mais barato", avaliou Padre Pedro, que criticou o governo federal. "Está totalmente lavando as mãos, não conhece esta realidade, portanto não fez nenhum gesto até o momento".

Por outro lado, Padre Pedro ressaltou os prejuízos que a estiagem causa na produção do milho e nas pastagens e defendeu o armazenamento e o reaproveitamento da água, fiscalização e regramento para aberturas e fechamento de poços artesianos.

Milton Hobus (PSD) concordou com o colega e alertou que os catarinenses terão de aprender a conviver com as estiagens."Quando secretário da Defesa Civil iniciei alguns estudos sobre estiagem no Oeste e todos os estudos indicam que Santa Catarina vai viver eventos muito mais dramáticos. Neste sentido apresentei um projeto de lei de incentivo fiscal para projetos de irrigação e para chamar a atenção do governo. Teremos de conviver com a estiagem", previu Hobus.

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